Vocacionados do Pai:

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Somos Escolhidos!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

BEM-AVENTURADO INOCÊNCIO DE BERZO (1844 – 1890) 28 de setembro


A santidade de Inocêncio de Berzo é uma santidade que não faz história, que não tem coisas ou acontecimentos importantes para contar. Nasceu em Niardo, pequeno povoado da Valcomônica, Itália, no dia 19 de março de 1844. Órfão de pai com poucos meses de vida, é confiado então a um tio para ser educado; com ele alem de alguns trabalhos, aprende também a rezar. Consegue bom proveito nos estudos escolares. Em 1861 entra no seminário diocesano de Bréscia, onde se prepara para o sacerdócio através de estudo sério e intensa vida espiritual. E em 20 de julho de 1867 é ordenado sacerdote.

É destinado a uma pequena paróquia como cooperador, onde fica por dois anos; de volta ao seminário exerce a função de vice-reitor. Cargo que ocupa somente por um ano porque “quanto ao exercício da autoridade não vale nada”, se lê nos processos. De volta ao interior, no antigo cargo de cooperador, por quatro anos trabalho intensamente com alegria e dedicação. É o sacerdote do Senhor: sua vida é adorar, amar, consumar-se. É tudo para os outros, o seu tempo e as suas poucas coisas. Nesse período amadurece o desejo de consagrar-se a Deus de um a forma mais completa, e assim em abril de 1874, bate à porta do convento da Anunciação, onde moram os capuchinhos. Recebe o habito religioso com o nome de frei Inocêncio.

Durante o noviciado se distingue por suas penitências e mortificações. Teve a permissão para usar mais freqüentemente o silício, que ele apertava até penetrar na carne. Depois da profissão dos votos religiosos é destinado a vários conventos onde fica por pouco tempo – parece inepto para qualquer ofício – Dava impressão aos superiores de nunca estar no lugar certo: quando num lugar sem importância, parecia não ser bem aproveitado; confiando-lhe responsabilidades maiores não apresentava nenhum resultado. Desejava ficar no ultimo lugar como se quisesse desapacer, o que desagradava a muitos frades, mesmo ao superior do convento que não dispensava repreensões e se irritava quando o via com aqueles olhos baixos... Mas para frei Inocêncio isso era motivo para exercitar sua humildade. chorava por causa dos próprios pecados e temia ofender a Deus com as mínimas ofensas.

Com os confrades era alegre e espontâneo, e sempre disponível para explicar alguma questão teológica. Todos testemunham sua boa preparação teológica e moral. Muitos sacerdotes dos arredores recorriam a ele para resolver casos mais difíceis.
O ponto central de sua vida, foi sem dúvida, a Eucaristia. A cada dia a exigência de ficar perto da Eucaristia se tornava mais premente. Passava lá horas e horas, de dia e de noite. Inventava todo tipo de pretexto para pode ficar mais na Igreja, e quando não encontrava um, passava a tirar a poeira dos bancos, que nunca terminava. Tinha encontrado na biblioteca uma janelinha que permitia ver o sacrário: lá também passava horas e horas em total contemplação. Mas quando os sinos tocavam, estava sempre pronto para os atos comunitários.

A meditação sobe a Paixão do Senhor é outro destaque na piedade de frei Inocêncio; ficava comovido e chorava relembrando os sofrimentos de Jesus; nas pregações pede a todos para não pecar, para não fazer sofrer mais o Filho de Deus; a cada dia revive os sofrimentos do Senhor através da via-sacra, que às vezes, repete por oito ou dez vezes. A pedido dos superiores da província para que pregasse os retiros anuais a todos os frades, nos vários conventos, obedece, mas o esforço é grande demais e ele não agüenta. É levado para a enfermaria de Bergamo, onde, depois de dois meses entrega sua alma a Deus, realizando assim o seu sonho de ficar para sempre perto de Deus.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

SANTO INÁCIO DE SANTHIÁ (1686 – 1770) 22 setembro

Quando PE. Lourenço Mauricio Belvisotti se apresentou ao provincial dos capuchinhos de Turim pedido para se tornar frade capuchinho, deixou a todos maravilhados. Era um sacerdote bem sucedido, bom orador e pároco. O que mais estava querendo? O provincial o aconselhou a permanecer padre secular, mas não houve jeito de convencê-lo; é então aceito entre os frades com o nome de frei Inácio de Santhiá.
Frei Inácio nasceu de uma família abastada em 05 de junho de 1686. Aos sete anos de idade fica órfão de pai e a mãe o entrega a um sacerdote para que seja educado, assim, além de receber uma sólida instrução, cresce também na piedade, amadurecendo a sua vocação sacerdotal.
Completa os estudos teológicos e em 1790 é ordenado sacerdote. Depois de seis anos de frutuoso ministério sacerdotal, entra para a Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Concidadãos, parentes e amigos não compreendem sua decisão. Ele buscava humildade e obediência e sabia que somente entre os capuchinhos podia viver estas virtudes, nas quais se tornará um modelo durante os 54 anos de se seguirão.
Depois do noviciado passou por vários conventos, onde sua presença é sempre apreciada e seu exemplo edifica a todos, confrades e povo; sua serenidade e disponibilidade para qualquer serviço serão lembrados por muito tempo.
Durante quatro anos, no convento do Monte, em Turim, se torna modelo de oração e dedicação às confissões dos numerosos penitentes, para os quais manifesta a bondade e misericórdia de Deus e sempre os recebe com imensa caridade. É chamado para ser mestre dos noviços, tarefa que executará por quatorze anos, tendo como meta fazer dos jovens a ele confiados, verdadeiros amantes de Deus; instruía mais com o exemplo que com ensinamentos, sendo sempre disponível para uma conversa em particular a qualquer hora.
Frei Inácio recebe uma carta de um frei missionário, em ex-noviço seu, tinha perdido a visão, recomendando-se às suas orações; Frei Inácio ora então a Deus e faz a oferta de sua própria visão se for de seu agrado. Deus escuta a sua oração e eis que o missionário recupera a vista, ao passo que o nosso santo vai perdendo a sua.
Assim, impossibilitado de continuar no oficio de mestre, é chamado novamente ao Monte de Turim, onde exerce a função de capelão, servido incansavelmente aos feridos com carinho.
De volta ao convento, se dedica à pregação, às confissões, a visita aos doentes, mas também continua a ser um contemplativo: caminhando pelas ruas da cidade, rezava o terço e entrava nas várias igrejas que encontrava. No convento, nas horas livres, retirava-se num cantinho da igreja e lá dialogava com o seu Senhor.
Quando já muito enfermo, o seu maior presente era quando o levavam à capela, onde ficava várias horas. Esta profunda união com Deus era o segredo para estar sempre tranqüilo e sereno.
Tinha passado para a Ordem Capuchinha buscando a obediência, durante toda a sua vida procurou viver essa virtude, até o ultimo instante: somente quando o superior do convento pronunciou as palavras do ritual: “Parte, ó alma cristã, deste mundo...”, frei Inácio expirou, deixando fama de santidade.
O Papa Paulo VI o beatificou dia 17 de Abril de 1966, e no dia ... 200.. o papa João Paulo II o declarou santo (procurar data da canonização).

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

SÃO FRANCISCO DE CAMPOROSSO (1804 – 1866) 20 de Setembro

O povo o chama de “o padre santo”.
Francisco nasceu em Camporosso no ano de 1804, de pais trabalhadores e profundamente religiosos; era o caçula de quatro filhos. Aos doze anos foi encarregado de tomar conta do pequeno rebanho da família, pois o ar livre faria bem às sua frágil saúde. Daí nasce a forte amizade com os outros pastores, que costumavam reunir para rezar e explicar-lhes um pouco de catecismo. Seus colegas tinham-lhe uma grande admiração e o chamava de eremita.
Um pouco mais velho, começou a ajudar os pais e irmãos nos trabalhos pesados do campo. Mas, fazia-se ouvir cada vez mais clara e forte uma voz que o chamava a doar-se totalmente a Deus, na vida religiosa. A primeira tentativa que fez como postulante entre os conventuais não satisfez seus desejos e aspirações; bate então, à porta do frades capuchinhos e, no ano de 1825, começa o noviciado em Gênova.
Frei Francisco Maria expressou seu programa num lema: “Quero ser o jumento do convento”. E viveu este lema a cada dia com empenho e amor redobrados. Terminando o noviciado a obediência o destinou ao convento da Imaculada Conceição em, em Gênova onde passará a vida toda; os primeiros dois anos a serviço dos irmãos mais velhos e doentes, depois no oficio de esmoleiro da cidade de Gênova.
Como esmoleiro, todos os dias passava em casas ricas e pobres pedindo esmolas e repartindo com os mais necessitados. Procurou imitar nisso São Félix de Cantalício e São Crispim de Viterbo. Vestido com uma túnica velha e toda remendada, debaixo de sol ou chuva, pés descalços, saco aos ombros, uma sacola nos braços e o terço mãos: assim se apresentava ao povo.
Tornou-se uma figura característica das ruas da cidade, sempre acompanhado por um menino, para evitar situações escabrosas em certos ambientes que era obrigado a visitar. Para todos tinha uma palavra de conforto e esperança; parecia conhecer os segredos mais íntimos do coração. E o povo passou a chamá-lo de “padre santo”.
A figura de frei Francisco era popular inclusive no porto de Gênova entre os trabalhadores, estivadores, marinheiros e tripulantes. À noite quando chegava em casa cansado, um numeroso grupo de pessoas o aguardava na praça do convento para recomendar-se às suas orações, para pedir conselhos e contar os próprios problemas. Ele ouvia a todos e para todos tinha uma palavra de conforto.
Dedicava parte da noite à oração e à penitencia, em preparação ao trabalho do novo dia. Por quase quarenta anos, frei Francisco Maria exerceu a função de esmoleiro. A cada dia sua figura alta encurvava-se mais, os cabelos e a barba embranqueciam, mas se mantinha fiel ao seu dever.
Em 1866, a cidade foi atingida por uma grande epidemia; as ruas começaram a ficar desertas e a cada dia aumentava o numero de mortos. Frei Francisco Maria se oferece em sacrifício, como vitima de expiação para a saúde da cidade, diante de altar da Imaculada Conceição. Tem a certeza de que será atendido. No dia 17 de setembro falece, vítima da epidemia. Deste dia em diante a epidemia começou a diminuir e em pouco tempo acaba; todos tiveram a certeza de que foram salvos pelo padre santo.
Frei Francisco Maria nos deixou um grande exemplo da caridade: quis ser o jumento do convento no serviço aos irmãos e por fim oferecendo-se em holocausto em prol do povo que tanto amava.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

BEM-AVENTURADO APOLINÁRIO DE POSAT (1739 – 1792) 02 de setembro

O nosso bem aventurado é originário de Posat, Suíça. Teve uma boa formação cristã segundo os costumes da região. Freqüentou o colégio dos Jesuítas em Friburgo, onde terminou seus estudos humanísticos e filosóficos de maneira brilhante.
Os jesuítas teriam gostado se o jovem tivesse escolhido a sua Companhia, mas ele preferiu os Capuchinhos e no dia 26 de setembro de 1762, iniciou o noviciado sob direção de frei Dionísio de Lucerna.
Foram anos silenciosos de formação e estudos de aprimoramento teológico, intelectual e espiritual. Foi ordenado sacerdote em Sion em 1769, iniciando assim sua atividade apostólica. Durante a semana trabalhava na igreja do convento, nos domingos e festividades ajudava o clero diocesano.
Por sua vida exemplar e competência cientifica, os superiores o nomearam professor de Teologia em Friburgo no ano de 1774, e em 1783, mestre dos noviços em Alt-Fort. Por seu desempenho nos dois encargos, foi nomeado prefeito do colégio Stans em 1785, onde encontrou o ambiente certo para mostrar seus talentos de mestre, educador, pregador e diretor espiritual.
Dedicou-se ao trabalho com grande entusiasmo, produzindo bons frutos. Mas, nos planos da Providencia, esta mesma atividade deveria principalmente, proporcionar-lhe grandes sofrimentos morais, que o prepararam para o martírio.
Foi criticado de heterodoxia, o que resultou em infundadas calúnias; atacam, então, sua vida sacerdotal. Ferido no ponto mais sensível de sua alma, frei Apolinário soube aceitar tudo por amor de Deus, colocando-se totalmente em suas mãos. Entretanto, a fim de defender a reputação da Ordem, os superiores ordenaram-lhe que se defenda e desminta as acusações. Frei Apolinário obedece, e em seguida pede transferência, a fim de poupar os confrades de novas moléstias. Vai para Lucerna, depois a Paris, onde se prepara apara ser missionário na Ásia.
Os confrades franceses confiam-lhe a numerosa colônia alemã de Paris. Frei Apolinário a assiste com costumeiro zelo, obtendo, assim, frutos abundantes. Entretanto, a revolução francesa iniciada em 1780, transforma Paris num palco de atrozes crueldades, desencadeando uma perseguição cruenta ao clero que não aceitava o juramento civil. Frei Apolinário, como a maioria do clero, não aderiu ao juramento; vê-se novamente caluniado, e no dia 14 de agosto de 1792 foi preso e jogado na Igreja dos Carmelitas, usada como prisão.
Frei Apolinário com sua palavra apostólica e sua caridade franciscana, admoestava os 150 sacerdotes que estavam com ele a serem fortes e a dar com coragem e alegria o testemunho do sangue ao Cristo e à sua igreja. No dia 02 de setembro também ele deu heroicamente este testemunho, sendo com eles martirizado.
Na sua ultima carta, escreveu: “sou o trigo de Cristo. Os dentes das feras devem moer-se, para transformar-me em pão. Aleluia”. Parece ouvir as palavras de Santo Inácio de Antioquia...
Sua vida que não teve nada de extraordinário foi sempre guiada pela divina providência que lhe preparou o martírio. Podemos constatar que o martírio foi fruto e coroa de uma dedicação fiel ao serviço de Cristo entre o sacrifício e as dificuldades da vida cotidiana.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Você é chamado? Passos para descobrir a vocação.



Você tem se perguntado se Deus está ti chamando a vida sacerdotal ou religiosa?
Muitos jovens se sentem interpelados por Deus. Mas não poucos sabem como dar os passos concretos na descoberta de sua vocação.

O discernimento do Chamado de Deus é um processo muito pessoal, mas você não precisa enfrentar este processo sozinho. Eis aqui alguns passos que podem ajudá-lo a discernir o chamado de Deus.

Coloque-se em Oração - A oração é o momento em que o ser humano se coloca na presença de Deus e procura “abrir os ouvidos e o coração” para Ele. É rezando que podemos descobrir o que Deus quer de nós.

Procure uma Direção Espiritual - Procure um sacerdote que possa te orientar na escuta de Deus. Assim como o jovem profeta Samuel precisou do sacerdote Eli, para perceber que Deus o estava chamando (Cf. ІSam.3, 1-9), cada pessoa precisa de um guia espiritual para ajudá-lo a reconhecer a voz de Deus em sua vida.

Contate-se com uma comunidade religiosa ou um seminário – é importante contatar-se com uma instituição formativa na qual você poderá aprofundar o processo de discernimento. Toda comunidade religiosa ou diocese tem uma pastoral vocacional.

Visite um seminário ou uma comunidade religiosa – é fundamental fazer uma visita, ou melhor, ainda, uma experiência em alguma instituição formativa. Esta experiência ajuda a ”sentir” o clima de seminário e da vida religiosa.

Faça o acompanhamento vocacional – todas as congregações e dioceses possibilitam um tempo de acompanhamento, antes da decisão de entrar na casa de formação religiosa, ou no seminário, para ajudar à pessoa a melhor discernir sua vocação.

Fique aberto para a vocação que Deus esteja te chamando, seja ela qual for - sua vocação pode não ser aquilo que você mesmo projetou para si, por isso não se oponha a Deus.

Se ao longo deste processo fica claro que Deus te chama à vida religiosa ou a vida sacerdotal, não hesite em responder a este chamado. Ouça as encorajadoras palavras do Papa João PauloІІ quando ele diz: “aos jovens de hoje digo: Sedes dóceis à voz do Espírito. Não tenhais medo de abrir o vosso espírito ao chamamento de Cristo, senti sobre vós o olhar amoroso de Jesus e respondei com entusiasmo à proposta de um seguimento radical”.(Pastores Dabo Vobis. 82.)