Vocacionados do Pai:

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Somos Escolhidos!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Agenda Vocacional


Outubro
28- Imperatriz (19:30h) Missa com os Amigos das Vocações
29,30 e 31 – Barra do Corda: Retiro Vocacional para jovens com mais de 18 anos ou que já concluíram o ensino fundamental ou médio.

Novembro
03 – Imperatriz (19:30h) Grupo Vocacional
8-12 – Belém: Assembléia Provincial
19,20 e 21: Capanema: Retiro Vocacional para jovens com mais de 18 anos ou que já concluíram o ensino fundamental ou médio.
25-Imperatriz (19:30h) Adoração com os Amigos das Vocações
30-Imperatriz (19:30h) Grupo Vocacional

Dezembro
04 – Imperatriz: Retiro ou lazer com o Grupo Vocacional
10,11 – Belém: Ordenação do Frei Manoel, visitas vocacionais
12-17: Barra do Corda: Semana de Encontro Vocacional
30 – Imperatriz: (19:30h) Missa e confraternização dos amigos das vocações.

Janeiro (2011)
03-08 – Capanema: Semana de Encontro Vocacional
13- Imperatriz (19:30h) Adoração com os Amigos das Vocações

“A vocação de toda a criatura, especialmente a do homem, consiste em realizar o plano de Deus delineado por aqueles dons que o criador depositou nele”

A existência de Deus na Filosofia


1.Introdução

Muitos insistem em afirmar que Deus não existe. Como explicar? Os que infelizmente consideram como verdadeiro esse absurdo é porque nunca fizeram uma análise racional e uma observação mais aguçada do meio em que vivem. A Filosofia é o primeiro passo para uma descoberta maravilhosa da existência de Deus.

Gostaria que refletissímos as palavras de Santo Hilário: “Eu consciente de que o principal ofício da minha vida é referente a Deus, de modo que toda palavra minha e todos os meus sentidos dele falem”. ( I Sobre a Trindade 37; PL 10.48D). Podemos extrair do pensamento de Santo Hilário que a partir do momento que colarmos a nossa consciência e as nossas experiências empíricas vamos chegar ao ápice do pensamento de que eu não conseguiria viver porque o sentido da vida está no Deus único, ou seja, o ser humano necessita necessariamente da interferência de Deus no ato da criação. Não acreditando apenas em uma idéia ilusória de que uma explosão de um átomo pudesse criação algo tão perfeito, ou seja, não acreditando que a humanidade surge a partir de uma hipótese do acaso.

2.Pensamento de São Tomás de Aquino
São Tomás de Aquino declara expressamente que Deus de toda a sua ciência teológica. Em sua obra Summae Theologiae declara: “Ora, na doutrina sagrada, tudo é tratado sob a razão de Deus, ou porque se trata do próprio Deus ou de algo que a Ele se refere como ao seu princípio ou a seu fim”. Nesta obra ele ensina que Deus é o princípio e o fim de todas as coisas e que, fazendo apenas o uso da luz natural da razão a partir das coisas criadas, é possível demonstrar a Sua existência, sem ter de recorrer a nenhum outro argumento de natureza religiosa ou dogmática.

Uma verdade é evidente quando é vista imediatamente pela inteligência. Destarte, uma verdade imediatamente evidente, isto é, vista por si mesma, dispensa e exclui qualquer necessidade de demonstração. Isso ocorre com a existência de Deus, uma verdade imediatamente evidente, óbvia. “Deus existe” é uma verdade evidente, o sujeito é idêntico ao predicado. Deus é o seu próprio ser. Todavia, para nós, que desconhecemos a essência divina, dada esta preprosição não goza de uma evidência imediata. Logo, precisa ser demonstrada pelo que nos seja mais conhecido.

Partindo de um suposto conhecimento da essência divina, defendem a evidência imediata da existencia de Deus para nós, e julgam, assim, desnecessária qualquer demonstração posterior. A existência de Deus, para nós, precisa ser demonstrada a posteriori, ou seja, a partir de seus efeitos encontrados no mundo sensível. Tomás de Aquino afirma: Portanto, deve-se afirmar absolutamente que Deus não é o que por prmeiro conhecemos,mas, antes, que chegamos a conhecê-lo mediante as criaturas. E ainda mais: Por isso, conhecemos sua relação com as criaturas, a saber, que é causa de todas elas, e a diferença das criaturas com relação a Deus, a saber, que Ele não é nada do que são os seus efeitos.

3.Discussões a respeito de pensamentos contrários
Na medida em que rejeita ou recusa a existência de Deus, o ateísmo é um pecado contra a virtude da religião. A imputabilidade desta falta pode ser seriamente diminuída em virtude das intenções e das circunstâncias. Na gênese e difusão do ateísmo, “grande parcela de responsabilidade pode caber aos crentes, na medida em que, negligenciando a educação da fé, ou por uma exposição enganosa da doutrina, ou por deficiência em sua vida religiosa, moral e social, se poderia dizer deles que mais escondem do que manifestam o rosto autêntico de Deus e da religião”. (CIC 2125)

Como podemos perceber o ateísmo fere a virtude da religião a partir do momento que recusa ou rejeita a própria existência do Deus verdadeiro, mas também devemos nos atentar para uma realidade verídica que comprova a nossa co-responsabilidade de promover a educação da fé, que acima de tudo é de fundamental importância para a construção de ambiente onde a existência de Deus é reconhecida por todos.

O fundamento do ateísmo reflete-se em uma falsa concepção de autonomia humana, que diz respeito muito mais ao próprio egoísmo do ser humano do que uma luta por liberdade total para ser supremo, que não apenas de uma ilusão porque sabemos em plena consciência que sem Deus nós nunca encontraremos a liberdade concreta e salvadora, além do mais a presença do próprio Cristo como salvador da humanidade está em nos libertar de uma vida de pecado que nos afasta completamente da felicidade eterna que o próprio Deus que nos ama incondicionalmente. E o reconhecimento da existência de Deus em nossas vidas é de maneira alguma oposta à dignidade do ser humano de ser autônomo, e essa autonomia se aperfeiçoa no próprio Deus.

4.Conclusão
Pode-se concluir que a existência de Deus não necessita da intervenção do homem, por que Ele é autor de toda a Criação do mundo, mas que se manifesta ao homem com forma de demonstrar o seu grande amor. Tudo isso se confirma na missão de Jesus Cristo que é o Salvador de toda a humanidade. O Espírito Santo é o que nos fortalece a continuar na caminhada peregrina por estarmos limitados ao mundo, mas não pertencemos a ele e sim ao Deus verdadeiro. O ser humano que necessita primordialmente a presença de Deus em sua vida porque sem Ele nada conseguirá por suas próprias forças de faculdades.

5.Referências

• Catecismo da Igreja Católica. Edição Típica Vaticana
• Liturgia das Horas. Ofício das Leituras. Edições Paulinas
• A existência de Deus na Filosofia de Tomás de Aquino por Sávio Laet de Barros Campos

Carlos Regis Costa Araújo Júnior (Vocacionado capuchinho -Provincia Nossa Senhora do Carmo)